28/10/2011 - As bases do Tamar em Sergipe abrigam, eventualmente, colaboradores especiais em suas equipes: são pessoas que cometeram algum tipo de crime ambiental e receberam como pena alternativa a prestação de serviços em projetos de conservação. ↓
As bases do Tamar em Sergipe abrigam, eventualmente, colaboradores especiais em suas equipes: são pessoas que cometeram algum tipo de crime ambiental (coleta de ovos de tartaruga marinha, pesca irregular, corte de madeira ilegal nos manguezais e matas ciliares, entre outros) e receberam como pena alternativa a prestação de serviços em projetos de conservação. As condenações variam de acordo com o crime, mas geralmente são de um dia de trabalho por semana, pelo período de dois anos.
Até hoje, mais de 20 apenados - chamados Pena Feliz - já cumpriram penas alternativas nas bases de Sergipe. Atualmente, seis deles trabalham na base de Ponta dos Mangues, direta ou indiretamente envolvidos nas atividades de conservação (trabalho de campo, programas educativos, serviços de construção e manutenção).
Crime ambiental - Segundo o coordenador regional do Tamar em Sergipe, engenheiro de pesca Cesar Coelho, esta alternativa vem sendo adotada desde 1994, quando pesquisadores do Projeto abordaram em flagrante a predação de uma desova dentro dos limites da Reserva Biológica de Santa Isabel, onde fica a base de pesquisa. Os crimes ambientais são punidos com penas que variam de 3 a 5 anos de prisão, a depender do delito.
Até hoje, o Pena Feliz tem participação bem sucedida no programa. É baseada em boas relações com as equipes do Tamar e as comunidades, proporcionando a mudança de comportamento através da sensibilização e da educação ambiental. “Depois dessa experiência, a relação deles com a natureza muda completamente. Além de formar novos laços de amizade, a gente ganha mais aliados”, avalia o coordenador.
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