31/01/2013 - Em três meses de monitoramento noturno intensivo, a base do Tamar no Abaís, em Sergipe, conseguiu reduzir de 152 para 29 desovas predadas por raposas. ↓
Em três meses de monitoramento noturno intensivo, a base do Tamar no Abaís, em Sergipe, conseguiu reduzir de 152 para 29 desovas predadas por raposas, entre outubro e dezembro de 2011 e 2012, respectivamente. Essa decisão foi tomada em função dos altos índices de predação de ninhos, como explica o coordenador do Tamar em Sergipe, César Coelho.
As raposas vão às praias com mais frequência durante a noite e madrugada, para procurar os ninhos e comer os ovos. Mas o comportamento de predação destes animais tem alterado ao longo dos anos. No início, as desovas eram predadas em menores proporções e a equipe de campo ainda tinha tempo para o emprego de estratégias de proteção através do uso de telas.
Mais recentemente, observou-se que as raposas passaram a predar os ninhos durante ou imediatamente após a postura das fêmeas. Como consequência, o monitoramento também teve que ser adequado. O Tamar intensificou o monitoramento noturno em um trecho de 12 quilômetros de praias, onde ocorrem maiores concentrações de ninhos e de predações na região.
Ao encontrar fêmeas em processo de desova ou ninhos ainda não predados, a equipe coloca bandeirolas próximas ao centro do ninho. A movimentação da bandeirola assusta e evita a aproximação das raposas. Quando o dia amanhece, as fêmeas cessam a atividade reprodutiva e a equipe de campo começa a substituir as bandeirolas pelas telas que permanecem até a eclosão dos filhotes.
O objetivo é diminuir a perda de ninhos e protegê-los, de modo a garantir que os filhotes possam nascer e seguir para o mar em segurança. De acordo com o coordenador Cásar Coelho, o trabalho vai continuar e os resultados farão parte de uma pesquisa com mais dados sobre o tema.
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