22/01/2016 - A primeira geração de tartaruguinhas protegidas pelo Tamar voltou para desovar na ilha! Leia mais. ↓
A primeira geração de tartaruguinhas protegidas pelo Tamar voltou para desovar em Fernando de Noronha. Houve um aumento de 452% em relação ao número de filhotes protegidos no início dos trabalhos na ilha. Foram 4 vezes mais filhotes salvos que na primeira temporada reprodutiva, totalizando 844.070 indivíduos liberados ao mar em três décadas de trabalho. Em plena temporada 2015-2016, que começou em dezembro e vai até julho, as atividades de pesquisa e proteção acontecem diariamente em uma das áreas de reprodução da tartaruga-verde (Chelonia mydas) no Brasil.
O Tamar iniciou suas atividades na região em 1984, quando o arquipélago ainda era território federal administrado pela Aeronáutica (hoje é território do Estado de Pernambuco). Em 1986, foi criada a APA-Área de Proteção Ambiental. A praia do Leão, principal área de desova da ilha, tornou-se o embrião do Parque Nacional Marinho, criado por decreto federal, em 1988. O Centro de Visitantes foi inaugurado em 1996. Com o crescimento do turismo, no início da década de 90, Noronha se tornou um dos grandes destinos ecoturísticos nacionais e o Tamar decidiu criar esse espaço para atrair e integrar esse fluxo crescente de pessoas aos programas ambientais locais, especialmente voltados para a temática marinha brasileira.
Hoje, o Tamar de Fernando de Noronha recebe cerca de 40 mil visitantes/ano. O grande fluxo turístico que o arquipélago registra é estratégico para o trabalho de sensibilização e educação ambiental, que acontece todos os dias, das 9:00h às 22:00h, na Alameda do Boldró, s/n. As palestras ambientais ocorrem também diariamente, às 20 horas, e todas as segundas e quintas-feiras tem captura intencional convidando os turistas, sempre no horário da maré cheia nas praias do Sueste e do Porto.
Presença - Fernando de Noronha é uma das bases mais importantes para o trabalho do Tamar. É um verdadeiro laboratório natural, pois a transparência do mar oferece excelente condição ao desenvolvimento de pesquisas sobre a biologia e o comportamento das tartarugas marinhas em ambiente natural, sobretudo quando estão submersas. É área de reprodução para tartaruga-verde e área de alimentação, crescimento e repouso para juvenis desta espécie e da tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata).
Além do monitoramento de fêmeas no período reprodutivo, a base de pesquisa e conservação desenvolve um programa de marcação e recaptura de tartarugas que utilizam a região durante uma etapa do seu ciclo de vida. Desde 1990, mais de cinco mil tartarugas já foram marcadas, através de mergulho livre ou autônomo para capturar os animais. Os pesquisadores os trazem para a areia para coletar dados e o trabalho pode ser acompanhado por quem estiver na praia. Resultados desse esforço, duas tartarugas-de-pente marcadas ainda juvenis em Noronha foram recapturadas vivas e já adultas na África, demonstrando a capacidade que esses animais têm de viajar longas distâncias, até mesmo intercontinentais.
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