13/06/2016 - Aqui, todos os dias são Dia dos Oceanos. Leia mais. ↓
A soltura de um tubarão-lixa (Ginglymostoma cirratum) foi acompanhada por cerca de 250 pessoas em celebração ao Dia Mundial do Oceanos, que foi comemorado oficialmente no dia 8 de junho. Capturado incidentalmente por um pescador, o tubarão-lixa fêmea com 180 kg e 2 metros foi devolvido ao mar no sábado 11/06, na Praia do Forte, Mata de São João, litoral norte da Bahia. O animal, que consta na lista vermelha da IUCN como quase ameaçado de extinção, estava sob os cuidados do Tamar. O tubarão passou por dez dias de recuperação, após ser encontrado preso a uma rede de pesca e ter sido trazido ao Tamar por pescadores.
A captura incidental é considerada, atualmente, a principal ameaça às populações de tartarugas marinhas, e outros animais também sofrem as consequências. No Brasil, assim como no resto do mundo, a pesca do arrasto do camarão e com espinhéis em alto mar são dois dos principais tipos que interagem com essas espécies.
Tubarão-lixa – Essa é uma espécie ovovivípara, o que significa que produz ovos que se desenvolvem e eclodem dentro do corpo da fêmea. Logo após nascerem, os filhotes já estão prontos para enfrentar os desafios para sua sobrevivência sem auxilio da mãe (assim como as tartarugas marinhas). Podem nascer de 21 a 50 indivíduos, com uma média de 34, aproximadamente. As fêmeas de tubarão-lixa podem acasalar várias vezes com diferentes parceiros. O acasalamento pode acontecer a cada dois anos. Os machos chegam à fase adulta entre 2,14 e 2,15 metros, e as fêmeas entre 2,23 e 2,31 metros. O tubarão-lixa ocorre em toda costa brasileira e é amplamente distribuído no Oceano Atlântico tropical e subtropical. Vive em fundo de areia, próximo a rochas e corais em águas mornas, desde a superfície até uma profundidade de 60 metros. Possui hábitos noturnos e permanece imóvel por horas durante o dia. Alimenta- se de moluscos, crustáceos e peixes, que captura por sucção.
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