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Encontro discute proteção das tartarugas marinhas no NE

13/09/2016 - Retamane, rede de instituições que atuam na conservação desses animais no nordeste, anuncia lançamento de livro e estudo genético da tartaruga-de-pente. Leia mais. ↓

Encontro discute proteção das tartarugas marinhas no NE

Tartaruga-de-pente

Sandra Tavares - sandra.tavares@icmbio.gov.br

Brasília (12/09/2016) - Representantes do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Tartarugas Marinhas (Tamar) e da Reserva Biológica (Rebio) Atol das Rocas (RN), que pertencem ao Institututo Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), participaram da 5ª reunião da Rede de Conservação de Tartarugas Marinhas do Nordeste (Retamane).

Durante o encontro, realizado entre 27 e 28 de agosto, em Areia Branca (RN), foram discutidas e aprovadas ações conjuntas, como a divulgação da Rede e das instituições que a compõem, e o aprimoramento do mapa de atuação da Rede e suas atividades atuais. Ficou acertado ainda o lançamento do livro da Retamane, entre 25 e 27 de outubro, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Outra demanda que entrará em execução é o estudo genético integrado da tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) com a inclusão de amostras de outras áreas às de Alagoas, da Paraíba, de Pernambuco e do Piauí já realizadas pela UFRPE. O oceanógrafo Claudio Bellini, executor do Tamar na região, será o pesquisador pelo ICMBio que integrará o estudo.

O ICMBio integra a Rede, juntamente, com representantes das universidades Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Federal de Alagoas (UFAL), Federal e Estadual do Rio Grande do Norte (UFRN) e (UERN), da Fundação Pró-Tamar, Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram-ES), as ONGs Ecoassociados (PE), Numar (RN), PAT/Ecosmar (BA), Associação Guajiru (Tartarugas Urbanas–PB) e Instituto Biota de Conservação (AL). Outras entidades ligadas à Rede no Piauí e Ceará não puderam comparecer à reunião.

Integração
No primeiro dia dos trabalhos, cada instituição, incluindo a Rebio Atol das Rocas, representada pela chefe Maurizelia Silva, fez uma apresentação de dez minutos sobre os resultados mais recentes das pesquisas e ações de conservação. Um dos momentos mais importantes, a troca de experiências, nivelou todos sobre a atuação dos demais parceiros, gerando uma maior integração, que é um dos objetivos principais da Rede. 

O veterinário do Ipram-ES, Luis Felipe Mayorga, deu palestra sobre os “Aspectos médico-veterinários da reabilitação de tartarugas marinhas no Ipram”, visando capacitar os que trabalham com encalhes e recuperação dessas espécies. Já pesquisadores de Alagoas apresentaram aplicativo de celular para apoiar as atividades de campo.

O grupo visitou, ainda, a base do Laboratório de Monitoramento da Biota Marinha, do Projeto Cetáceos da Costa Branca, na praia de Upanema, em Areia Branca, onde são realizados os procedimentos de reabilitação dos animais.

Ações do Tamar
No segundo dia, o coordenador do Centro Tamar/ICMBio, João Carlos Alciatti Thomé, o Joca, fez um breve histórico das competências atuais e ações de conservação conduzidas pelo Centro, assim como atualização de algumas delas. E apresentou o mapeamento das áreas reprodutivas prioritárias para conservação das tartarugas marinhas no Brasil, além do mapa das áreas com restrição temporais e espaciais, para atividades de exploração de petróleo e gás. 

Joca traçou, também, um quadro das instituições que trabalham hoje com conservação e pesquisa das espécies de tartarugas que ocorrem no Brasil, incluindo os programas de monitoramento de praias (PMPs) que são conduzidos por empresas, em vários formatos.

O Coordenador do Tamar/ICMBio falou ainda sobre o processo de revisão do Plano de Ação Nacional para Conservação das Tartarugas Marinhas (PAN Tartarugas Marinhas), concluído em novembro de 2015 e em fase de publicação, bem como a integração do banco de dados para conservação das tartarugas marinhas (BDC-Tamar) com o banco de dados existente atualmente no Portal da Biodiversidade.

Convenção
Em breve explanação, ele apresentou a todos a Convenção Interamericana para a Conservação das Tartarugas Marinhas, e os esforços do Brasil para integrar os países que compartilham as populações de tartarugas marinhas. “Esperamos que haja melhoria de projetos e ampliação das ações de gestão pública voltadas para as espécies de tartarugas que ocorrem no litoral brasileiro”, destacou Joca.

Uma das publicações que está no forno e cuja divulgação foi adiantada durante o encontro é o Guia de Licenciamento Ambiental – Tartarugas Marinhas, que reúne uma série de informações técnicas, bem como medidas de mitigação para as atividades potencialmente impactantes para as espécies. A publicação, elaborada pelo corpo técnico do Centro Tamar e da Fundação Pró-Tamar, é direcionada aos empreendedores e órgãos de licenciamento.

“Esperamos que a versão a ser lançada seja revista de tempos em tempos, atualizando-se com base no contexto dinâmico das pesquisas e das atividades econômicas no litoral brasileiro”, frisou o coordenador do Tamar.

O grupo visitou, ao final, o Laboratório de Monitoramento da Biota Marinha para conhecer o trabalho executado pelo Projeto Cetáceos da Costa Branca (PMP RN/CE), localizado em Mossoró (RN), e pôde ver como ocorrem os procedimentos de necropsia, coleta, armazenamento, destinação de material biológico e catalogação dos acervos.

Comunicação ICMBio – (61) 2028-9280 – com informações do Centro Tamar/ICMBio – (27) 3322-1417

Link original ICMBio.

Tartaruga Tartaruga-verde ou Tartaruga-aruanã

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