29/09/2017 - Eretmochelys imbricata é o Primeiro Movimento da Sinfonia Quelônica, em referência aos quelônios ameaçados de extinção. Leia mais. ↓
Eretmochelys imbricata é o Primeiro Movimento da Sinfonia Quelônica, em referência aos quelônios ameaçados de extinção, especialmente composta pelo diretor musical do Projeto TAMAR, instrumentista, compositor, arranjador e maestro Luciano Calazans. A gravação de parte de um videoclipe com a primeira execução pública da obra pela Orquestra Sinfônica de Sergipe – ORSSE aconteceu no dia 21 de setembro de 2017, no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju. A sinfonia marca os 35 anos de parceria entre o TAMAR e a Petrobras.
“Como diz o nosso amigo Jorge Vercillo, Ela Une Todas as Coisas. Para nós, a música une ciência, conservação, cultura, pessoas e ideias para a proteção das tartarugas marinhas”, diz o oceanógrafo fundador e coordenador nacional do Projeto TAMAR, Guy Marcovaldi.
A música é um importante meio de divulgação das mensagens do TAMAR. Deixa a Tartaruga Nadar, Bichos do Mar, Plástico é um Saco, Condomínio Underground são títulos de algumas das canções de sucesso nas paradas dos Museus da Tartaruga Marinha. “A sinfonia é um presente do Luciano para nós, pelo aniversário de 35 anos da parceria com a Petrobras, em alto nível de qualidade musical, um privilégio que estamos ansiosos para ouvir com todos os movimentos, em 2018. Este primeiro foi emocionante! Parabéns à ORSSE, nosso agradecimento ao maestro Guilherme Mannis, ao Teatro Tobias Barreto, aos músicos, produtores e toda equipe que tornou possível a realização deste sonho”, diz Marcovaldi.
Para o autor Calazans, a noite foi de plena satisfação. “É como ver um filho nascer, pude sentir um prazer imensurável naqueles sete minutos em que todos os instrumentos ressoavam o eclodir dos ovos, o primeiro andamento da vida, a mãe que cava o ninho e semeia seus descendentes na areia, os filhotes que brotam e correm para o mar, os perigos que enfrentam até retornar 30 anos depois para a praia onde nasceram, e tudo recomeça”, conta o compositor da Quelônica.
O processo de criação envolveu pesquisa de campo para vivenciar algumas fases do ciclo de vida das tartarugas marinhas, visitas ao TAMAR, entrevistas com biólogos, oceanógrafos, veterinários, que orientaram toda a parte técnica. “A tartaruga-de-pente, Eretmochelys imbricata, é o nome do primeiro movimento, por ser das cinco espécies a mais ameaçada de extinção. Os movimentos seguintes trarão os nomes das outras espécies e em cada acorde farão vibrar o som da natureza em sua forma mais selvagem”, diz Calazans.
O videoclipe tem lançamento esperado em 2018. “A fase agora é de pré-produção, vamos editar o material e seguir nas próximas fases encorpando o conteúdo com imagens de tartarugas marinhas e informações, harmonizando este movimento de música e mar, que é uma coisa linda e mágica”, diz Nina Marcovaldi, diretora do videoclipe.
O Projeto TAMAR começou em 1980 a proteger as tartarugas marinhas no Brasil. Com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, hoje o Projeto é a soma de esforços entre a Fundação Pró-TAMAR e o Centro Tamar/ICMBio. Trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Protege cerca de 1.100 quilômetros de praias e está presente em 25 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Visite www.tamar.org.br Mais informações: 71 3676-1045
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