19/09/2018 - Ela faz parte de um estudo para conhecer melhor as populações desta espécie que frequenta o litoral norte baiano. Saiba mais. ↓
Iori é uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) que volta quase que anualmente para desovar na Praia do Forte - BA, onde nasceu. Ela faz parte de um estudo para conhecer melhor as populações desta espécie de tartaruga marinha que frequenta o litoral norte baiano. Os pesquisadores querem saber mais sobre seu deslocamento, as preferências de áreas de alimentação e o comportamento reprodutivo. Por isso, um transmissor foi instalado na Iori em novembro de 2014 e outro em 2017. Ao todo já foram 12 flagrantes de desovas, confirmando que essa é realmente sua área de alimentação e reprodução. Os pesquisadores aguardam novo encontro com a Iori nessa temporada que começou em setembro.
De setembro a março, o cuidado com as tartarugas é revigorado após meses de análise de dados, reorganização de materiais, procedimentos e renovação da força de trabalho. É tempo delas recomeçarem a depositar cerca de 120 ovos por ninho, com uma média de três a cinco ninhos por fêmea, a depender da espécie. Em mais ou menos dois meses, os filhotes brotam das areias e seguem para o mar, restabelecendo o ciclo da vida.
Telemetria
O Tamar estuda desde 2001 o deslocamento das tartarugas marinhas, através do monitoramento por satélite. O objetivo de conhecer as rotas migratórias está entre as pesquisas realizadas para entender melhor o ciclo de vida e o comportamento dos animais.
As tartarugas marinhas vivem no mar, o que torna seu estudo e observação bastante trabalhosos. Esforços e recursos são investidos para obter dados sobre seu ciclo de vida e comportamento. Os transmissores por satélite possibilitam rastrear os animais durante períodos prolongados e sem a necessidade de recuperar os equipamentos. A análise das posições recebidas através dos satélites permite determinar zonas utilizadas por indivíduos para sua alimentação, desenvolvimento e descanso, informações importantes para sua conservação.
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