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Nova pesquisa procura identificar os impactos das mudanças climáticas nas tartarugas marinhas

28/02/2020 - O estudo, iniciado em dezembro de 2019, acontecerá em Fernando de Noronha nos próximos três anos e prevê vários métodos para coleta de dados. ↓

As mudanças climáticas são uma ameaça para o equilíbrio de qualquer ecossistema e para todas as formas de vida. No caso das tartarugas marinhas, o sexo dos filhotes é determinado pela temperatura da areia onde os ovos ficam incubados, produzindo mais fêmeas quando o calor aumenta. Por isso, levando em consideração os atuais cenários climáticos de aquecimento, existe uma preocupação dos possíveis impactos que essa razão sexual desproporcional pode ter nas populações.

De modo geral, a proporção de fêmeas já é maior, mas aparentemente, os machos copulam a cada ano, diferente delas que não acasalam em todas as temporadas reprodutivas. Pouco se sabe, porém, se esta característica biológica pode operar como um fator de equilíbrio na proporção sexual. Além disso, um maior número de fêmeas aumenta o número de desovas e como resultado promove o crescimento da população. No entanto, quantos machos são necessários para uma população de tartarugas marinhas ser viável?

Responder essa pergunta é um dos objetivos da nova pesquisa conduzida pela Drª Mariana Fuentes (Universidade Estadual da Florida), Drª Lisa Komoroske (Universidade de Massachusetts) e Dr. Will White (Universidade Estadual de Ohio) em parceria com a Fundação Pró-TAMAR, em Fernando de Noronha. O estudo é financiado pela National Science Foundation (NSF) e prevê várias frentes para coleta de informações biológicas de machos, fêmeas e filhotes de tartaruga-verde (Chelonia mydas). O intuito é identificar quantos machos estão participando de uma ninhada e se são pais em ninhadas de diferentes fêmeas. Também serão utilizados dataloggers dentro dos ninhos para registro da temperatura ao longo da incubação dos ovos. Alguns machos serão marcados com rastreadores via satélite para descobrir para onde vão quando a época da reprodução termina e se retornam anualmente à ilha. Além disso, saídas de barco acompanhadas por drone serão realizadas para identificar a proporção sexual das tartarugas-verdes adultas. Como as águas de Fernando de Noronha são cristalinas, os machos adultos são facilmente diferenciados das fêmeas, já que possuem uma cauda longa, mais comprida que as nadadeiras traseiras.

Até o momento foram coletadas amostras genéticas de 31 fêmeas, que desovaram dez vezes. Um macho também foi marcado com telemetria de satélite na Baía do Sancho, no dia 23 de dezembro de 2019. Ele já possuía anilhas e tinha sido capturado no mesmo local em 26 de novembro de 2016. Batizado de Júlio Grande, este macho permaneceu na ilha de 23 de dezembro até 8 de janeiro às 9 horas da manhã, quando iniciou uma migração em direção a costa nordeste do Brasil, viajando cerca de 350 km em quatro dias. Este transmissor utilizado foi gentilmente cedido pela empresa Petroleum Geo-Services (PGS).

A pesquisa, que será realizada nos próximos três anos em Fernando de Noronha, foi iniciada em dezembro de 2019 numa temporada reprodutiva que promete ser de muitas desovas.

Tartaruga Tartaruga-oliva

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